O Vale do Paraíba registra 11.826 casos e quatro óbitos por dengue em 2023, considerando o período de janeiro a 22 de dezembro.Os dados são do CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) do governo estadual e levam em conta os casos e óbitos registrados nos três Grupos de Vigilância Epidemiológica do Vale, em Caraguatatuba, São José dos Campos e Taubaté.
O número acende o alerta na região para o risco de uma epidemia de dengue em 2024, com as altas temperaturas e a proliferação do mosquito Aedes aegypti, propagador da dengue.
Em todo o estado de São Paulo, até 23 de dezembro, 284 pessoas morreram pela doença, que ainda teve 318 mil casos confirmados. Trata-se de queda de 3,6% de confirmações em comparação com o mesmo período do ano passado.
Mesmo assim, o governo estadual alerta para a necessidade de prevenção durante o verão, estação que acelera o ciclo de reprodução do mosquito devido ao aumento das temperaturas e chuvas.
“As condições climáticas dos meses que antecedem o verão e do próprio verão são favoráveis ao desenvolvimento do Aedes aegypti e, consequentemente, ao aumento do número de casos das arboviroses urbanas no estado”, disse Nathalia Cristina Soares Franceschi, assessora em saúde pública do CVE.
“A Secretaria de Estado da Saúde realiza permanentemente ações de combate dando apoio aos municípios, que são responsáveis pelo trabalho de campo para a prevenção às doenças causadas pelo mosquito”, completou.
Em dezembro, o governo estadual lançou o programa ‘São Paulo Sempre Alerta’, que busca articular ações entre as secretarias para fortalecer a infraestrutura preventiva e a segurança da população em casos de desastres naturais.
Para 2024, a Secretaria de Saúde planeja ampliar a capacitação para todos os municípios para investigação de surtos e monitoramento de doenças diarreicas agudas, promover o fortalecimento da rede quanto à preparação e resposta a emergências em saúde pública, ampliar as campanhas de sensibilização quanto às doenças que podem estar relacionadas a enchentes, inundações e enxurradas, bem como campanhas de orientação e combate ao mosquito Aedes aegypti.
Veja as recomendações gerais para eliminação de criadouros do Aedes aegypti:
Eliminar pratos de plantas ou utilizar um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água
Descartar pneus usados em postos de coleta da Prefeitura
Retirar objetos que acumulem água de quintais, como potes e garrafas
Verificar possíveis vazamentos em qualquer fonte de água
Tampar ralos
Manter o vaso sanitário sempre fechado
Identificar sinais de umidade em calhas e lajes
Verificar a presença de organismos vivos em águas de piscinas ou fontes ornamentais.