Trump assume EUA nesta segunda

A partir desta segunda-feira (20), o republicano Donald Trump assume a Presidência dos Estados Unidos pela segunda vez, politicamente mais forte do que nunca e preparado para implementar a transformação proposta por movimentos ultraconservadores e grupos de extrema direita.

A China terminou 2024 como a maior compradora dos produtos feitos no Brasil, com US$ 94,411 bilhões e 28% das exportações brasileiras. Os Estados Unidos vieram na sequência, com US$ 40,330 bilhões e 12% do comércio exterior do Brasil.

De acordo com o jornalista Jamil Chade, colunista do UOL, Trump assume ancorado num plano estratégico de 900 páginas que delineia as prioridades internas e externas do novo governo. No centro, está a redução de qualquer dependência em relação à China, vista como o maior desafio existencial dos EUA.

Esse enfrentamento entre EUA e China vai ter grandes impactos no comércio exterior mundial, o que interessa especialmente ao Vale.

De acordo com dados do governo federal, os americanos compraram US$ 3,270 bilhões das empresas do Vale em 2024. Isso representa 30% do total exportado pela região no ano passado – US$ 11,042 bilhões.

A China aparece na segunda colocação, com US$ 2,330 bilhões em produtos comprados das cidades do Vale, 21% da totalidade.

Os americanos aumentaram em 30% as importações da região em 2024 comparado a 2023, durante o governo do democrata Joe Biden, enquanto que a China ampliou o comércio com o Vale em 11,8% no mesmo período.

Quanto ao comércio de aviões, os americanos responderam por 60% das exportações de São José dos Campos no ano passado, com Canadá (16%) e Espanha (7%) na sequência. Ou seja, os EUA são parceiros comerciais indispensáveis ao Vale, por isso o novo governo Trump atrai tanto a atenção.

A dúvida é se a relação bilateral tende a continuar positiva e crescendo no segundo mandato do republicano. De acordo com análises, Trump tende a ser mais protecionista e, nesse aspecto, a balança comercial com o Brasil pode ser impactada negativamente.

Resta saber o que fará Trump à frente do maior poderio militar do mundo e ainda a maior economia do planeta, mas que começa a perder espaço para a China.