O CEO e presidente da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, disse durante coletiva de imprensa no Farnborough Airshow, na Inglaterra, que a fabricante está com “negociações avançadas para a venda de em torno de 300 jatos E2”.
O negócio bilionário deve ser anunciado até o final do ano, segundo o executivo. “Queríamos fazer o anúncio agora, mas ainda não estamos no ponto de revelar ao público sobre as vendas, mas até o final do ano teremos mais anúncios”.
Até o momento, o destaque da Embraer em Farnboroug tem sido o jato multimissão C-390 Millennium, com uma recente onda de vendas.
Na Inglaterra, a Embraer anunciou a venda de nove aeronaves C-390 Millennium para a Holanda e a Áustria, em um contrato de compra conjunta. Serão cinco aeronaves para a Força Aérea Real Holandesa e quatro para a Força Área Austríaca.
A companhia também anunciou a venda de seis aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea Paraguaia. A operação, com entregas previstas a partir de 2025, inclui equipamentos de missão e pacote logístico integrado.
De acordo com sites especializados, o acordo totaliza US$ 100 milhões – cerca de R$ 558 milhões na cotação do dólar. O investimento será financiado através de um empréstimo do BNDES. As informações foram divulgadas pelo site Pucará Defensa.
Na quarta-feira (24), a Embraer divulgou que a Atech, empresa do Grupo Embraer, assinou contratos com o Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) para modernizar o Sistema de Controle do Tráfego Aéreo Brasileiro.
Os dois novos contratos totalizam US$ 17 milhões – R$ 95 milhões na cotação do dólar – e têm como foco a modernização de centros de controles e das soluções estratégicas para o gerenciamento do fluxo do espaço aéreo nacional.
Jato E175-E2.
Sobre o avião E175-E2, o menor dos novos aviões da Embraer e sucessor do best-seller E175-E1, Arjan Meijer confirmou que o projeto continua na geladeira: “Vai ficar lá enquanto a Scope Clause (cláusula do contrato de convenção coletiva dos pilotos que limita o tamanho e peso dos aviões regionais operados por terceirizadas) não mudar”, afirmou o executivo.
“Se reduzirmos mais o peso, o alcance vai reduzir em muitas milhas, não é viável, vamos continuar a investir no E175-E1 que compartilha a linha de montagem híbrida com o E2. As companhias aéreas amam esse avião e continuam a usar”, completou Meijer.